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,09/07/2025

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ILPF avança e transforma a sustentabilidade no agro

A integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) já ocupa mais de 17 milhões de hectares no Brasil e é considerada a terceira grande evolução da agricultura nacional, com potencial de dobrar a produção de carne e recuperar áreas degradadas.


ILPF avança e transforma a sustentabilidade no agro

O agronegócio brasileiro avança em direção a uma nova fronteira de produtividade e sustentabilidade. A integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) consolida-se como uma estratégia eficaz para diversificar a produção rural, recuperar pastagens degradadas e mitigar impactos ambientais. O tema foi discutido no episódio 39 do Minuto Agro, podcast da Indigo, que contou com a participação de Francisco Matturro, presidente executivo da Rede ILPF.

De acordo com dados da Rede, o Brasil expandiu de 2 milhões de hectares em sistemas integrados no início dos anos 2000 para mais de 17,4 milhões atualmente. A expectativa da Embrapa é que essa área alcance 35 milhões de hectares até 2030. Para Matturro, esse avanço representa a “terceira grande evolução da agricultura brasileira”, sucedendo o plantio direto e a introdução da segunda safra.

“O plantio direto foi a primeira grande transformação, seguida pela segunda safra. Agora, estamos vivendo a era da integração produtiva. E ela é essencial, porque amplia a renda, recupera o solo, gera sombra para o gado e ainda sequestra carbono de forma profunda”, afirmou o presidente da Rede ILPF durante a entrevista.

A ILPF combina o cultivo de culturas agrícolas, pastagens e florestas em uma mesma área, permitindo o uso mais eficiente dos recursos naturais e reduzindo a dependência de insumos externos. Segundo estimativas da Rede ILPF, aproximadamente 50% dos 160 milhões de hectares de pastagens brasileiras estão degradados. O modelo integrado é visto como uma solução estratégica para reverter esse cenário sem necessidade de expandir novas áreas.

“Com o sistema bem implementado, é possível dobrar a produção de carne no mesmo espaço. A ILPF traz múltiplas fontes de receita entre grãos, forragem, madeira, e ainda um pasto permanentemente renovado. Isso muda o patamar de renda do produtor e o IDH das regiões onde está inserido”, explicou Matturro.

A adoção do modelo, no entanto, exige planejamento e suporte técnico. Matturro recomenda que os produtores evitem implantar o sistema de maneira empírica. Programas de apoio, como o Plano ABC do governo federal, oferecem financiamentos com taxas diferenciadas para estimular práticas de baixa emissão de carbono. “Nosso recado ao produtor é: não faça nada por conta própria. Procure a Rede ILPF, a Embrapa, a assistência técnica do seu estado. Nós já erramos lá atrás e aprendemos com isso. Hoje, a ideia é começar certo, em pequena escala, e ir ganhando confiança e escala aos poucos”, destacou.

Outro diferencial importante do sistema é sua capacidade de captura de carbono. O uso de forrageiras com raízes profundas permite estocar carbono abaixo da superfície, favorecendo a regeneração do solo de maneira consistente.

Para a Indigo, empresa que desenvolve soluções biológicas e tecnologias para uma agricultura mais sustentável, a ILPF está alinhada com as tendências globais de produção responsável. Fundada em 2013, a empresa atua em 14 países com foco em microrganismos endofíticos e data science aplicados ao agro.

O episódio completo do Minuto Agro, conduzido por Aline Araújo, Head de Comunicação da Indigo, está disponível no site oficial da empresa, no YouTube, Spotify e nas principais plataformas de áudio.





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