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,06/06/2025

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Estudo da Embrapa confirma segurança do uso de farelo de algodão na pecuária

Estudo da Embrapa Algodão comprova a viabilidade nutricional e econômica do uso de farelo e torta de algodão na alimentação animal, fortalecendo a sustentabilidade da pecuária nacional.


Estudo da Embrapa confirma segurança do uso de farelo de algodão na pecuária

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped), apoiou a elaboração de um estudo que confirma a eficiência do farelo e da torta de algodão como ingredientes para a alimentação animal. O trabalho, conduzido pela Embrapa Algodão, destaca o alto valor nutricional desses coprodutos e seu potencial para reduzir custos e aumentar a sustentabilidade nos sistemas pecuários brasileiros.

Obtidos a partir do caroço de algodão, subproduto da separação da pluma, o farelo e a torta concentram nutrientes importantes, como proteína bruta, fibras e lipídeos. Tradicionalmente usados na formulação de rações, esses ingredientes foram analisados ao longo de um ano em aproximadamente 150 estudos científicos revisados pela equipe da Embrapa.

Segundo Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa, o uso integral dos subprodutos da cadeia do algodão é uma estratégia que agrega valor e promove a sustentabilidade. "Quando utilizados de forma técnica e responsável, farelo e torta de algodão proporcionam redução de custos e ótimos resultados na produção animal", afirmou.

Potencial nutricional e econômico

Para a safra 2024/2025, a Abrapa projeta uma produção de 5.067.049 toneladas de caroço de algodão, o que amplia a disponibilidade de coprodutos para a pecuária. Com teores de proteína bruta que podem chegar a 55%, o farelo e a torta de algodão apresentam-se como alternativas viáveis ao milho e ao farelo de soja, especialmente em dietas de bovinos, ovinos e caprinos.

De acordo com o relatório, a inclusão desses ingredientes pode melhorar o ganho de peso, elevar a produção de leite e reduzir até 70% dos custos relacionados à alimentação em sistemas intensivos.

Sustentabilidade e aproveitamento da biomassa

Além dos ganhos econômicos, a valorização dos coprodutos contribui para reduzir desperdícios e ampliar o aproveitamento da biomassa do algodão. O uso de torta e farelo também diminui a competição com alimentos destinados ao consumo humano.

Outro destaque é a presença de ácidos graxos insaturados, que podem melhorar o perfil lipídico e o valor nutricional do leite produzido.

Daniel Furlan Amaral, diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, ressaltou que o farelo de algodão é o terceiro ingrediente proteico mais produzido no mundo para dietas animais. "Seu alto teor de fibra, em torno de 28%, e proteína variando de 40% a 55% tornam a torta e o farelo de algodão estratégicos, especialmente em regiões com limitação de fontes proteicas", explicou.

Uso técnico e recomendações de segurança

O estudo também alerta para a necessidade de uso consciente dos coprodutos devido à presença de gossipol, substância natural do algodão que pode ser tóxica em grandes concentrações para algumas espécies, como aves e suínos.

João Paulo Saraiva Morais, pesquisador da Embrapa Algodão e um dos coordenadores do relatório, enfatizou a importância de seguir as recomendações técnicas para garantir a segurança alimentar. O documento disponibiliza tabelas com valores máximos de inclusão para diferentes categorias de animais.

O relatório completo está disponível no site da Abrapa para consulta dos produtores interessados. Clique AQUI.




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