RS renova seguro contra febre aftosa e protege 12 milhões de bovídeos
O Rio Grande do Sul renovou o seguro pecuário contra febre aftosa, instrumento que cobre até R$ 50 milhões em indenizações e assegura cerca de 12 milhões de bovídeos, reforçando a proteção do status sanitário sem vacinação.

O rebanho bovino do Rio Grande do Sul continua coberto por uma apólice de seguro exclusiva no país. O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) oficializou, nesta segunda-feira (2), a renovação do seguro pecuário contra a febre aftosa junto à O rebanho bovino do Rio Grande do Sul continua coberto por uma apólice de seguro exclusiva no país. O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) oficializou, nesta segunda-feira (2), a renovação do seguro pecuário contra a febre aftosa junto à seguradora Swiss RE Corporate Solutions. A cobertura é válida para bovinos de corte e de leite, totalizando quase 12 milhões de cabeças protegidas.
Desde maio de 2021, o estado é reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O seguro atua como medida complementar à defesa sanitária, garantindo ressarcimento a produtores no caso de eventual foco da doença.
A apólice prevê franquia de R$ 13,35 milhões — valor que será inicialmente coberto pelo próprio Fundesa — e limite de indenização de até R$ 50 milhões. O prêmio pago pela entidade é de R$ 2,42 milhões, o que equivale a R$ 0,37 por cabeça segurada.
Segundo Rogério Kerber, presidente do Fundesa, o seguro representa uma segurança adicional para a cadeia pecuária, mas não substitui as obrigações sanitárias do produtor. “O Rio Grande do Sul conta com uma série de ferramentas que contribuem com a prevenção e controle de doenças de notificação obrigatória, como a Plataforma de Defesa Sanitária Animal e o programa Sentinela”, destacou.
Kerber ressalta que, mesmo com o suporte do seguro e das plataformas de monitoramento, é fundamental que os pecuaristas mantenham práticas rigorosas de biosseguridade e respeitem as exigências legais, como o transporte de animais apenas com a Guia de Trânsito Animal (GTA).
A contratação do seguro é apontada como um dos diferenciais do modelo gaúcho de defesa agropecuária. Além de viabilizar o acesso a mercados internacionais com exigências sanitárias rigorosas, a apólice reforça a capacidade de resposta do estado frente a eventuais emergências sanitárias.
Com a renovação do contrato, o Rio Grande do Sul permanece como referência nacional em sanidade animal e gestão de riscos no setor pecuário. O modelo, inédito no Brasil, tem sido acompanhado por outros estados que visam obter o mesmo status sanitário e pretendem estruturar mecanismos semelhantes de proteção econômica ao produtor rural.
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