Nutrição é chave para elevar os teores de gordura e proteína no leite
Teores de gordura e proteína no leite são decisivos para a remuneração e o rendimento industrial. Segundo Anderson Noda, da Auster, a nutrição exerce o maior impacto sobre esses indicadores de qualidade.

A qualidade do leite entregue às indústrias laticinistas depende de muito mais do que o volume produzido nas propriedades. A concentração de sólidos, especialmente gordura e proteína, é um dos fatores mais valorizados, tanto para o processamento industrial quanto para o pagamento por qualidade. Esses componentes impactam diretamente a remuneração dos produtores e são considerados em programas de bonificação adotados por diversos laticínios.
O zootecnista Anderson Noda, da Auster Nutrição Animal, destaca que a gordura do leite é não apenas uma fonte importante de energia, mas também um indicativo do bem-estar das vacas. “A gordura, em particular, representa parte significativa da fração energética do leite e é também um sinal importante da saúde e bem-estar das vacas”, afirma.
Segundo Noda, vários fatores afetam a concentração de gordura e proteína no leite, incluindo genética, estresse térmico, estágio da lactação e manejo. No entanto, a nutrição é o principal fator modificável com impacto direto nesses parâmetros. Ele explica que dietas formuladas com foco na saúde ruminal são fundamentais, uma vez que o rúmen é o local de produção dos ácidos graxos voláteis — como acetato e butirato —, precursores da síntese de gordura na glândula mamária.
A estabilidade do pH ruminal, aliada ao fornecimento de volumoso de qualidade e à proporção adequada entre volumoso e concentrado, são práticas essenciais para manter a saúde digestiva e o desempenho produtivo. Um desequilíbrio na dieta pode provocar problemas como a “gordura invertida”, quando o teor de proteína no leite excede o de gordura — situação muitas vezes associada à baixa oferta de fibras, excesso de concentrados ou à inclusão de gordura insaturada.
“A análise criteriosa da dieta permite ajustar o tamanho das partículas e evitar que os animais façam seleção dos alimentos, o que compromete a eficiência da ruminação e, consequentemente, os teores de sólidos no leite”, observa o zootecnista.
Acompanhamentos laboratoriais também são importantes para orientar decisões no campo. Anderson Noda ressalta que tecnologias para análise da composição do leite, realizadas por laboratórios credenciados, fornecem dados estratégicos para o ajuste da dieta e o planejamento das ações nutricionais. Com a análise regular de gordura, proteína, lactose e sólidos totais, os produtores conseguem alinhar a nutrição às metas zootécnicas e produtivas da fazenda.
Além da dieta, fatores de manejo exercem influência direta sobre a produção de sólidos. O estresse térmico, por exemplo, compromete a ingestão de matéria seca e reduz a eficiência produtiva. “Ambientes com alta temperatura e umidade afetam o consumo e, com isso, a produção e composição do leite. É preciso investir em conforto térmico para garantir o desempenho dos animais”, diz Noda.
Como suporte nutricional para rebanhos de alta produção, a Auster oferece o produto Prius Nat Dry, uma gordura hidrogenada de terceira geração. Com sabor neutro e odor atrativo, a solução é indicada para vacas em lactação com alta exigência energética. O uso de Prius contribui para o aumento da produção de leite, melhora a concentração de gordura e favorece o desempenho reprodutivo do rebanho.
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