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,07/05/2025

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Mastite bovina: risco oculto que compromete o leite

Mastite afeta a produtividade do gado leiteiro em todo o Brasil e pode ser evitada com higiene no manejo e uso de tecnologias de diagnóstico.


Mastite bovina: risco oculto que compromete o leite

A mastite é uma das enfermidades mais recorrentes na pecuária leiteira e responsável por prejuízos expressivos à produtividade e à qualidade do leite no Brasil. Trata-se de uma inflamação da glândula mamária, que pode ter origem infecciosa ou não infecciosa, afetando vacas de rebanhos de leite, corte ou duplo propósito.

Segundo especialistas, mais de 95% dos casos têm origem infecciosa, sendo causados por bactérias que penetram pelos canais do úbere, especialmente durante o processo de ordenha. Há ainda classificações clínicas, em que os sintomas são visíveis, e subclínicas, quando não há manifestações externas evidentes.

Queda na produção e impactos econômicos

Os sintomas mais comuns incluem inchaço em uma ou mais partes do úbere, dor ao toque, alterações no leite — que pode apresentar coloração anormal e grumos — e redução significativa da produção. Além de comprometer o leite para consumo humano, a mastite pode afetar o desenvolvimento nutricional dos bezerros, aumentando a mortalidade e reduzindo o ganho de peso.

Do ponto de vista econômico, o produtor arca com perdas na produtividade, descarte de leite contaminado, custos com medicamentos e até o descarte precoce de vacas infectadas de forma crônica.

A prevenção exige manejo rigoroso e contínuo

A principal recomendação de técnicos e veterinários é a adoção de medidas preventivas que envolvem boas práticas de manejo, higiene e monitoramento. Isso inclui a limpeza adequada das instalações, cuidados durante a ordenha e a atenção redobrada no pré e pós-parto.

Durante os dois meses anteriores ao parto, é essencial observar a simetria do úbere e sinais de inflamação. Após o nascimento do bezerro, é preciso garantir a eliminação completa da placenta e iniciar um processo ordenhado higiênico, com desinfecção criteriosa dos tetos antes e depois da extração do leite — manual ou mecânica.

Ordenha tranquila e estrutura sanitária adequada

A ordenha deve ser completa e tranquila, sem estresse para o animal. A retenção de leite pode favorecer o crescimento bacteriano. O ambiente também precisa estar limpo: estábulos e currais devem ser higienizados com frequência e o uso de desinfetantes deve seguir protocolos adequados.

A alimentação equilibrada também é um fator importante na prevenção. Vacas com boa nutrição tendem a desenvolver melhor imunidade, o que contribui para resistir às infecções mamárias.

Ferramentas tecnológicas auxiliam no controle da doença

Soluções tecnológicas estão se tornando aliadas na pecuária leiteira. Uma delas é o sistema OnFarm, que realiza diagnósticos microbiológicos diretamente na fazenda. A ferramenta permite detectar rapidamente a presença de bactérias causadoras de mastite clínica e subclínica, fornecendo resultados em poucas horas via aplicativo.

Esse tipo de tecnologia oferece agilidade na tomada de decisão e pode evitar a propagação da doença no rebanho, além de reduzir o uso indevido de antibióticos.

Mastite: prevenção é mais eficaz que tratamento

Segundo o zootecnista Raul Dias, “os cuidados no manejo são fundamentais tanto para evitar quanto para tratar a mastite. A doença afeta a vaca, a cria e compromete a produtividade do rebanho”.

A mastite ainda é uma das principais causas de descarte de vacas em sistemas leiteiros. Por isso, investir em medidas preventivas e em diagnóstico precoce é essencial para manter a saúde do rebanho, a segurança alimentar e a sustentabilidade da atividade pecuária.





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