Enquanto o Brasil projeta redução de 2% na produção nacional de cana-de-açúcar para o ciclo 2025/26, o Nordeste deve registrar crescimento. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a região estima colher 56,3 milhões de toneladas a partir de agosto, com produtividade 3,6% superior à da safra anterior.

O desempenho contrasta com os impactos negativos das condições climáticas no Sudeste, principal polo canavieiro do País, que enfrentou adversidades nas fases críticas de desenvolvimento da cultura. A produtividade média nacional deve alcançar 75 mil kg/ha, refletindo queda de 2,3%.

Tecnologia e resiliência impulsionam colheita

No Nordeste, a adoção de tecnologias voltadas à remineralização dos solos tem sido determinante para o desempenho superior da cultura. O engenheiro agrônomo André Dias, representante da empresa Vulcano Agrominerais, atribui os bons resultados ao uso do agromineral extraído da rocha granulito.

“Realizamos a aplicação do remineralizador de solo e monitoramos a ação do produto em mais de 30 áreas na região. Reunimos números que comprovam a eficácia na melhora da fertilidade”, afirma Dias.

A tecnologia vem promovendo ganhos expressivos de produtividade. Em áreas tratadas com o insumo, foram observados aumentos de até 16 toneladas por hectare, com incremento médio de R$ 3.000 por hectare em lucratividade.

Solução natural e econômica para o solo

Além da elevação na produtividade, o uso de agrominerais tem contribuído para a sustentabilidade da lavoura, reduzindo a dependência de fertilizantes químicos. Os resultados incluem ainda maior longevidade dos canaviais e melhor absorção de nutrientes essenciais pelas plantas.

A aplicação do remineralizador Vulcano fortalece as propriedades físico-químicas do solo, ampliando a eficiência do manejo agronômico mesmo em regiões com limitações climáticas.

Cadeia produtiva ganha impulso

A cana-de-açúcar continua sendo matéria-prima estratégica para a produção de açúcar e etanol no Brasil. O incremento da produção no Nordeste tende a fortalecer a agroindústria regional e gerar impactos positivos na cadeia produtiva como um todo.

Mesmo com a queda geral da safra, a Conab projeta aumento na produção de açúcar no País, podendo atingir 45,9 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume será o maior da série histórica, o que evidencia a resiliência do setor mesmo em cenários adversos.