Período seco exige rigor no controle de parasitas em cavalos
Durante os meses mais secos do ano, criadores de cavalos devem intensificar os cuidados contra parasitas internos e externos, com apoio técnico e produtos eficazes no controle sanitário.

A redução da umidade e a menor oferta de pastagens durante o outono e o inverno criam um ambiente favorável à multiplicação de parasitas em cavalos. Vermes gastrointestinais e ectoparasitas como os carrapatos podem afetar diretamente o desempenho, a saúde e até a reprodução dos animais, exigindo atenção redobrada por parte dos criadores.
Com um rebanho de aproximadamente 5,5 milhões de equinos, o Brasil figura entre os maiores do mundo. O setor movimenta R$ 30 bilhões por ano e emprega milhões de pessoas, o que reforça a importância de estratégias eficazes de manejo sanitário.
As infecções parasitárias, muitas vezes silenciosas, podem provocar sintomas como perda de apetite, cólicas recorrentes, distensão abdominal, diarreia com sangue, queda de rendimento atlético e alterações nos pelos. Em casos mais avançados, afetam a fertilidade e podem gerar complicações gestacionais.
Chester Batista, médico-veterinário e gerente técnico da Zoetis, explica que o acompanhamento veterinário é essencial para diagnosticar precocemente a presença de parasitas. “Em muitos casos, a doença não apresenta sinais visíveis de imediato. A rotina de avaliação com um profissional permite antecipar o tratamento e evitar perdas maiores”, afirma.
De acordo com Batista, o controle sanitário deve seguir protocolos específicos, adaptados às condições de cada propriedade. O uso indiscriminado de antiparasitários pode favorecer a resistência antimicrobiana — um problema crescente na medicina veterinária. “O ideal é que o protocolo de vermifugação seja baseado em evidências científicas e conduzido com orientação técnica”, reforça.
O mercado disponibiliza produtos com formulações que combinam eficácia, amplo espectro e maior tempo de ação. A Zoetis, por exemplo, oferece o Dectomax Equino, à base de doramectina, indicado para o controle de vermes redondos, ancilostomídeos, estrongilídeos e carrapatos. A proteção prolongada ajuda a reduzir a frequência de aplicações e o estresse nos animais.
O uso de medicamentos precisa ser parte de uma abordagem mais ampla, que inclua manejo adequado das instalações, controle ambiental, rodízio de áreas de pastejo e monitoramento constante. A soma desses fatores contribui para prevenir surtos, preservar o bem-estar animal e garantir desempenho esportivo e funcional nas diferentes modalidades em que os equinos atuam.
“Investir em saúde animal é preservar o valor zootécnico do cavalo e proteger os negócios que dele dependem”, conclui o especialista da Zoetis.
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