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,06/06/2025

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Soja lidera aplicação de biológicos; Mato Grosso concentra 34% da área

O uso de bioinsumos no Brasil cresceu 13% na safra 2024/2025, alcançando 156 milhões de hectares tratados, segundo levantamento da CropLife Brasil.


Soja lidera aplicação de biológicos; Mato Grosso concentra 34% da área

O uso de bioinsumos agrícolas continua em expansão no Brasil. De acordo com a pesquisa da Blink em parceria com a CropLife Brasil, a safra 2024/2025 registrou um crescimento de 13% na área tratada com esses produtos, totalizando 156 milhões de hectares. A taxa média de adoção por área plantada subiu de 23% para 26%, com destaque para o avanço em segmentos como bioinseticidas e biofungicidas.

A taxa de adoção dos bioinseticidas saltou de 26% para 30%, enquanto os biofungicidas subiram de 11% para 13%. Também houve crescimento nos bionoculantes (de 54% para 56%), bionematicidas (de 23% para 24%) e solubilizadores de nutrientes (de 4% para 5%). Esses números reforçam o avanço do manejo biológico nas lavouras brasileiras e indicam uma consolidação da tecnologia no mercado nacional.

Segundo a CropLife Brasil, o uso de produtos biológicos respondeu por 13% da área total tratada com insumos de proteção de cultivos na safra 2023/2024. Enquanto o mercado total de proteção (biológicos + químicos) cresceu 7% na comparação anual, a participação específica dos bioinsumos aumentou mais de 35% sobre a mesma base, evidenciando um ritmo superior ao das demais tecnologias disponíveis.

A soja continua sendo a principal cultura atendida pelos bioinsumos, concentrando 62% da aplicação. Em seguida aparecem o milho, com 23%, e a cana-de-açúcar, com 10%. Culturas como algodão, café, citros e hortifrutícolas somam 6% da demanda. Em termos regionais, o maior volume de uso se concentra no Centro-Oeste: Mato Grosso lidera com 34%, seguido por Goiás e Distrito Federal (12%) e Mato Grosso do Sul (8%). Estados como São Paulo (10%), Paraná (8%), Minas Gerais (7%) e Rio Grande do Sul (5%) também se destacam na adoção.

O desempenho da indústria nacional de bioinsumos tem sido sustentado por uma taxa média anual de crescimento de 22% nos últimos três anos — índice acima da média global. Esse avanço está relacionado à profissionalização do setor, desenvolvimento de novas formulações e sinergia com outras tecnologias agrícolas. A expansão do Manejo Integrado de Pragas (MIP) e o aumento do interesse por práticas de baixo impacto ambiental também são apontados como motores do crescimento.

A conjuntura do setor, no entanto, apresenta desafios relevantes. Entre eles, estão a instabilidade climática, a oscilação cambial e a redução de custos de tecnologias concorrentes, que pressionam os preços e os investimentos. Mesmo assim, a análise da CropLife Brasil indica que o setor mantém seu dinamismo com ampliação de portfólio, aumento da adoção entre produtores e exportação crescente de bioinsumos.

A pesquisa revela que, apesar das incertezas econômicas, o mercado de biológicos encontra oportunidades por meio de sua relação custo-benefício, especialmente em sistemas que integram soluções biológicas com ferramentas químicas e digitais. A expectativa do setor é de continuidade na expansão da área tratada e maior presença nas regiões Norte e Nordeste, atualmente com menor participação.

O relatório ainda destaca a importância estratégica dos bioinsumos no contexto da agricultura sustentável. À medida que crescem as exigências de práticas agrícolas com menor impacto ambiental, os produtos biológicos ganham espaço como ferramentas viáveis para atender essas demandas, aliando produtividade e respeito ao meio ambiente.





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