Cultivar de sorgo alcança 6,3 t/ha e promete ganho ao produtor
Nova cultivar de sorgo granífero desenvolvida pela Embrapa apresenta produtividade média superior a 6 toneladas por hectare e já está disponível ao mercado.

A cultivar BRS 373 faz parte do programa de melhoramento genético conduzido pela Embrapa Milho e Sorgo e apresenta produtividade média de 6,3 toneladas por hectare, apurada em ensaios conduzidos em diferentes regiões do Brasil. A variedade é voltada à produção de grãos para alimentação animal, especialmente na forma de ração para aves, suínos e bovinos confinados.
A cultivar possui ciclo precoce e se adapta bem a diferentes regiões produtoras, com destaque para o Centro-Oeste e o Matopiba. De acordo com a Embrapa, a BRS 373 tem bom comportamento diante de adversidades climáticas e elevada tolerância ao acamamento, o que favorece a colheita mecânica.
Durante os testes de desempenho agronômico, a cultivar superou o padrão de produtividade em várias localidades, atingindo picos de produção superiores a 7 toneladas por hectare em condições ideais de manejo.
Outro diferencial apontado pelos pesquisadores é a qualidade dos grãos. O sorgo BRS 373 apresenta coloração uniforme, baixo teor de tanino e bom peso hectolítrico, características desejadas pelas indústrias de ração.
Segundo a Embrapa, a nova cultivar foi desenvolvida com foco no aumento da produtividade e na estabilidade de desempenho entre diferentes safras e ambientes. A entidade também destaca que o sorgo granífero é estratégico para sistemas de produção de grãos em regiões de alta temperatura e baixa disponibilidade hídrica.
A semente da BRS 373 será comercializada por meio de parceria com a empresa Sementes São Francisco, que já iniciou a multiplicação para atender às demandas do mercado a partir das próximas safras.
O sorgo granífero tem se consolidado como uma alternativa viável ao milho em regiões com menor índice pluviométrico, sendo especialmente importante para a produção de ração animal devido ao seu bom valor nutricional e ao custo competitivo.
A nova cultivar amplia o leque de opções para o produtor rural e pode contribuir para maior estabilidade na oferta de grãos em regiões sujeitas a veranicos e estiagens recorrentes.
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