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,02/05/2025

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Congresso de Direito do Agro publica anais com temas estruturantes do setor

Os anais do 5º Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio (CBDA), realizado em 31 de março de 2025, em São Paulo, reúnem os principais debates jurídicos do setor, com foco em segurança jurídica, regulação de contratos e crédito rural.


Congresso de Direito do Agro publica anais com temas estruturantes do setor

Com plenária lotada e mais de 3 mil espectadores online, o evento consolidou-se como referência nacional para juristas, produtores, representantes do governo e do setor privado. A cerimônia de abertura contou com nomes como Renato Buranello (IBDA), Roberto Rodrigues (FGV), Tereza Cristina (Senadora), Arnaldo Jardim (FPA) e Guilherme Piai (Secretário de Agricultura de SP).

A pauta comum entre os participantes foi a necessidade de um ambiente legal sólido e previsível. "A segurança jurídica no campo é fundamental. O direito e a justiça devem garantir a prosperidade", disse Roberto Rodrigues.

Palestra inaugural defende previsibilidade contratual

Na palestra inaugural, o ministro Ricardo Villas Bôas Cueva (STJ) ressaltou que a sofisticação do agronegócio exige uma infraestrutura jurídica equivalente. Segundo ele, contratos devem ser respeitados conforme pactuados, com revisões judiciais apenas em situações excepcionais. Cueva defendeu também a estabilidade regulatória como elemento essencial para atrair investimentos.

Modernização contratual e IA impactam o direito agrário

O primeiro painel abordou o futuro das redes contratuais no agronegócio, enfatizando a necessidade de legislação atualizada frente às mudanças tecnológicas. Albenir Querubini (IBDA) destacou que os contratos devem ser técnicos e objetivos, livres de ativismos. A juíza Nunziata Valenza (TJ-GO) pontuou a importância de revisitar e sistematizar o conhecimento sobre o direito agrário.

Luciano Timm (ABLE) defendeu um Judiciário imparcial e políticas baseadas em dados. Thiago Castelliano (TJ-GO) criticou abusos em relações de integração e sugeriu atualização urgente da Lei de Integração.

Crédito rural, seguro e mercado de capitais em foco

No segundo painel, especialistas apontaram a urgência de fontes alternativas de financiamento. Marcelo Winter (VBSO) e Marcus Reis (Reis Advogados) destacaram o papel do mercado de capitais e do seguro rural. Vitor Ozaki (Picsel/USP-ESALQ) apresentou soluções tecnológicas para agilizar o acesso ao seguro.

João Prieto (OCB) defendeu o papel das cooperativas na qualificação do produtor e na ampliação do acesso ao crédito. Segundo ele, 82% dos cooperados têm até 100 hectares.

Propriedade e uso da terra foram amplamente discutidos

No painel sobre uso do imóvel rural, Francisco de Godoy Bueno (SRB) criticou a relativização do direito de propriedade. Renata Gregio (Bayer) abordou a restrição da compra de terras por estrangeiros e apresentou plataforma de monitoramento de 1,3 milhão de propriedades. Renato Girotto (Brain Agriculture) destacou o uso de tecnologia para mitigar riscos na aquisição de terras.

Mudanças climáticas e regulação do carbono encerram debates

O último painel tratou do mercado regulado de carbono. Eduardo Brito Bastos (Mapa) defendeu um tripé formado por finanças, ciência e regulação. Tiago Lessa (Pinheiro Neto) reforçou que a preservação ambiental deve gerar retorno econômico.

Guilherme Cunha (Ceres Investimentos) e Terence Trennepohl (especialista em direito ambiental) apontaram a importância de regulações claras para dar segurança ao mercado de créditos.

Evento consolida ecossistema jurídico do agro

No encerramento, Gianfranco Cinelli (CBDA) afirmou que o congresso criou um verdadeiro ecossistema jurídico do agronegócio. Renato Buranello (IBDA) destacou a formação de uma rede de conhecimento e prática, com impacto inclusive na formação de novos profissionais do setor.





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