A uniformidade dos lotes de aves de corte é um dos principais indicadores de desempenho produtivo na avicultura industrial. A avaliação desse parâmetro, que leva em conta características como peso corporal, altura, conformação de carcaça e até mesmo o peso dos ovos, permite prever o rendimento zootécnico e econômico da granja.

Para o médico-veterinário Fabio Zotesso, da Auster Nutrição Animal, a padronização dos lotes é determinante para assegurar resultados consistentes. “O acompanhamento contínuo da uniformidade garante crescimento homogêneo, favorece os índices de conversão alimentar e assegura a rentabilidade do produtor”, afirma.

Estudos da Embrapa e diretrizes presentes nos manuais das principais linhagens genéticas apontam que a uniformidade ideal deve estar acima de 80%. Quando o índice fica abaixo de 70%, os lotes passam a ser considerados insatisfatórios, o que representa riscos elevados de perdas econômicas. No caso do peso das aves, considera-se um lote mais uniforme aquele que apresenta maior número de indivíduos dentro da faixa de ±10% do peso médio.

Zotesso explica que uma das formas de avaliação prática consiste em comparar o desempenho das aves com as metas definidas pelos fornecedores de genética para cada idade ou fase de criação. “Quanto mais próximas do padrão as aves estiverem, maior é a chance de alcançar um lote homogêneo e a produtividade esperada. No entanto, manter esse padrão exige controle rigoroso desde as reprodutoras até o abate”, ressalta.

Segundo o especialista, a origem do problema pode estar nas primeiras etapas do sistema produtivo. A falta de uniformidade entre matrizes leva à produção de ovos com tamanhos variados, dificultando a incubação e comprometendo o desenvolvimento embrionário. O resultado são pintinhos com pesos desiguais, fator que se reflete ao longo de toda a cadeia até o abate.

A variação no tamanho das carcaças, além de comprometer a apresentação final dos produtos, também exige mais ajustes na linha de abate, afetando o rendimento dos cortes e o padrão de qualidade exigido pelo mercado.

Práticas para garantir lotes mais uniformes

Algumas ações de manejo são consideradas indispensáveis para promover a uniformidade dos lotes. Entre elas, destacam-se a sexagem, a compartimentalização das aves nos aviários, a oferta adequada de comedouros e bebedouros suplementares, o controle de temperatura e ventilação, além do cumprimento rigoroso do calendário vacinal.

O fornecimento de água potável em condições adequadas também é ponto de atenção. “O consumo de água pelas aves é de 2 a 2,5 vezes maior do que o de ração. Por isso, sua qualidade físico-química e microbiológica tem impacto direto sobre o crescimento e a saúde dos lotes”, alerta Zotesso.

A manutenção da qualidade da água inclui a limpeza das tubulações para remoção de biofilmes, além de processos como filtração, cloração e acidificação. Esses cuidados garantem menor risco de contaminações e melhor aproveitamento metabólico pelos animais.

Nutrição como fator decisivo

Outro aspecto determinante é a nutrição. A composição das rações pode variar conforme a qualidade dos ingredientes disponíveis ao longo do ciclo produtivo. Para manter os níveis ideais, é necessário realizar análises bromatológicas com regularidade.

A Auster Nutrição Animal desenvolve soluções voltadas à melhoria do desempenho zootécnico das aves. Entre as linhas destacadas estão Aela, Númia e Novyrate, que atuam na modulação da microbiota intestinal, otimizam o metabolismo e ampliam a biodisponibilidade de nutrientes.

Já a linha Hydrocare é voltada à sanitização da água e dos equipamentos, oferecendo um ambiente mais seguro para as aves. “Com tecnologia de ponta, a Auster potencializa a absorção de nutrientes e otimiza os índices produtivos nas granjas, garantindo a máxima rentabilidade para o avicultor”, conclui Fabio Zotesso.