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,08/07/2025

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Safra dos EUA pressiona preços da soja, milho e trigo na CBOT

Os grãos encerraram a sessão desta segunda-feira (7) em queda acentuada na Bolsa de Chicago, influenciados por expectativas de safra robusta nos Estados Unidos e incertezas nas negociações comerciais do país com a China.


Safra dos EUA pressiona preços da soja, milho e trigo na CBOT

Os principais contratos futuros de grãos registraram perdas significativas na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta segunda-feira, diante de um cenário que combina condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas e tensão comercial entre Estados Unidos e China.

A soja liderou as baixas. O contrato de agosto encerrou o pregão cotado a 1.031,50 centavos de dólar por bushel, com recuo de 24,00 pontos, equivalente a 2,27%. O vencimento de setembro caiu 27,75 pontos, ou 2,67%, sendo negociado a 1.013,50 centavos por bushel. Entre os derivados, o farelo e o óleo de soja perderam 1,12% e 1,87%, respectivamente.

O mercado repercutiu declarações do presidente norte-americano Donald Trump, que afirmou que acordos comerciais deverão ser concluídos nos próximos dias e que tarifas adicionais poderão ser aplicadas a partir de 1º de agosto. A China, principal importadora de soja do mundo, permanece como fator central nas preocupações do mercado. Ao mesmo tempo, as previsões meteorológicas indicam clima quente e úmido, com reservas adequadas de umidade no solo, sustentando expectativas de alta produtividade.

No milho, o contrato de setembro fechou com queda de 16,75 pontos, ou 3,99%, cotado a 403,50 centavos de dólar por bushel. O vencimento de dezembro recuou 16,25 pontos, o equivalente a 3,72%, para 420,75 centavos por bushel. Analistas destacam que o movimento foi impulsionado pela realização de lucros e pela perspectiva de uma safra recorde na América do Sul, sobretudo no Brasil.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que as temperaturas no Meio-Oeste permanecem favoráveis ao rápido desenvolvimento das lavouras de verão, que entram na fase reprodutiva. No balanço semanal, os embarques de milho totalizaram 1,491 milhão de toneladas, número que corresponde ao intervalo projetado por analistas. Além disso, foi reportada uma venda de 135 mil toneladas do cereal ao México, com entregas previstas para os ciclos 2024/25 e 2025/26.

No trigo, o contrato para setembro recuou 8,25 pontos, ou 1,48%, negociado a 548,50 centavos de dólar por bushel na CBOT. Na Bolsa de Kansas (KCBT), a mesma referência cedeu 8,50 pontos, equivalente a 1,59%, a 527,50 centavos por bushel. O mercado refletiu o movimento geral de baixa nos grãos e foi pressionado por informações de que a Rússia deve intensificar as exportações após zerar a alíquota de exportação do cereal.

Em relação aos embarques semanais, o USDA registrou o envio de 437 mil toneladas de trigo ao exterior na semana encerrada em 3 de julho, dentro das estimativas dos participantes do mercado.

Ao longo dos próximos dias, novos relatórios com dados atualizados sobre estágios e condições das lavouras norte-americanas deverão orientar o comportamento das cotações em Chicago.





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