O BioSummit 2025, que ocorre em 4 e 5 de junho no Expo Dom Pedro, em Campinas (SP), reúne as principais lideranças da indústria de bioinsumos do Brasil para discutir os rumos do setor. Em sua segunda edição, o evento tem como objetivo promover o debate sobre regulação, uso prático no campo, sustentabilidade e oportunidades de negócio.

Segundo Daiana Bisognin Lopes, CEO da FB Group e organizadora do evento, a proposta do BioSummit é atender às demandas crescentes da cadeia produtiva. “Criamos esse evento para responder às necessidades em regulação, pesquisa, logística, distribuição e informação dentro da indústria de bioinsumos, que está se consolidando como base para a sustentabilidade da agricultura brasileira”, explicou.

O evento, que em 2024 teve mais de 800 participantes, amplia sua abordagem nesta edição ao incluir temas como agricultura regenerativa, crédito de carbono, rastreabilidade e sustentabilidade. Um dos painéis de abertura traz o tema “O Brasil pode liderar a sustentabilidade global? O que o mundo espera de nós?”, refletindo a proposta central de discutir a relevância internacional da produção agropecuária nacional.

Com foco no público brasileiro, os painelistas são todos do país. A ideia é discutir a realidade interna do setor e promover soluções concretas para desafios locais. A programação inclui três arenas paralelas, com uso de fones para que cada participante escolha o conteúdo de interesse.

Daiana Bisognin Lopes, CEO da FB Group e organizadora do BioSummit 2025.

“Temos mais de 900 inscritos de cerca de 300 empresas diferentes. Reunimos produtores, assistência técnica, indústria, marketplaces, jurídico, investimentos e startups. É um evento voltado a negócios, não científico, mas com conhecimento aplicado para decisões concretas”, afirmou Daiana.

Para o produtor rural, o evento traz informações sobre o tamanho e as tendências do mercado, bem como os principais desafios no uso de bioinsumos. “Temos painéis com consultores, agricultores e cooperativas para tratar da comunicação dos rótulos, eficiência, diferenças entre produtos e aplicabilidade regional”, destacou.

Outro momento de destaque é a entrega do prêmio “BioSummit Reconhece”, que homenageia dois produtores que obtiveram resultados expressivos com o uso de bioinsumos. Os casos serão apresentados ao público como forma de estimular a adoção.

Além disso, o evento trará discussões sobre o futuro da indústria diante de margens reduzidas e fusões entre empresas. Um painel exclusivo abordando a visão dos investidores e fundos da chamada "Faria Lima" sobre o setor também está previsto.

A regulamentação também estará em pauta, com a presença do Ministério da Agricultura e de entidades representativas. Um painel com sete porta-vozes abordará os desafios da legislação e os avanços mais recentes.

Outros temas como crédito verde, crédito de biodiversidade, ESG e rastreabilidade terão espaço na programação. A cientista Mariângela Hungria, reconhecida por sua atuação em microbiologia do solo, participará do painel sobre rastreabilidade.

Neste ano, a arena principal está localizada no centro da área de expositores, facilitando o trânsito entre os 50 estandes e os conteúdos apresentados. Além disso, o evento oferece um sistema de agendamento de reuniões entre participantes, estimulando o networking e os negócios.

“O evento é também um ponto de encontro entre o agro e setores como comunicação, marketplace, advocacia e investimento. Essa pluralidade é essencial para fortalecer o agro junto ao público urbano”, ressaltou Daiana.

Ao fim do evento, um painel especial discutirá a participação dos bioinsumos na Conferência Mundial do Clima (COP), reforçando o papel do Brasil na liderança global da chamada "revolução verde".