Baixa umidade do ar e calor intenso aumentam risco de incêndios em Goiás
Onda de calor e baixa umidade no sudoeste goiano aumentam riscos à saúde e ao meio ambiente, com temperaturas de até 39°C e umidade mínima de 12%.

A previsão meteorológica para o sudoeste de Goiás entre os dias 23 e 27 de setembro indica um aumento gradual das temperaturas, com picos próximos a 39°C. Além do calor intenso, a umidade relativa do ar deve cair para níveis críticos, variando entre 12% e 20%, o que exige atenção das autoridades e da população para evitar complicações à saúde e danos ambientais.
De acordo com o Sistema de Informação de Alerta de Goiás (SIAG/CEAGRE/SEMPA), essas condições atmosféricas são influenciadas pela presença de um anticiclone subtropical no Atlântico Sul e a atuação de um vórtice ciclônico em altos níveis sobre o centro do Brasil. Esse sistema combinado promove a estabilidade atmosférica, resultando em dias com céu claro e baixa umidade.
Riscos à saúde
O baixo índice de umidade pode causar sérios problemas respiratórios, como o ressecamento das mucosas, o que facilita a ocorrência de sangramentos nasais, irritações oculares e complicações alérgicas. O ressecamento da pele também é uma preocupação, principalmente para aqueles expostos por longos períodos ao ar livre.
A orientação das autoridades é que a população adote medidas de proteção, como umidificar o ambiente doméstico com toalhas molhadas ou vaporizadores e consumir bastante água. Atividades físicas intensas ou trabalho ao ar livre devem ser evitados entre 10h e 16h, período em que a temperatura e a radiação solar estão mais intensas.
Alerta ambiental: queimadas e incêndios
A baixa umidade do ar, aliada ao aumento das temperaturas, amplia o risco de incêndios em áreas de pastagem e florestas. A região de Rio Verde, em especial, já enfrenta um índice considerável de fumaça advindo de queimadas em áreas próximas, o que tem deteriorado ainda mais a qualidade do ar local.
A previsão aponta que as chuvas, que poderiam aliviar essa situação, só devem retornar nos últimos dias de setembro, e de forma esparsa. Até lá, o SIAG recomenda cuidado redobrado para evitar a propagação de incêndios que possam impactar a vegetação e agravar os problemas respiratórios entre a população.
Medidas preventivas
Para mitigar os impactos desse cenário, as autoridades ambientais recomendam:
- Umidificar ambientes fechados com vaporizadores ou recipientes com água.
- Consumir líquidos com frequência e evitar exposição ao sol em horários de maior calor.
- Suprimir atividades ao ar livre e evitar aglomerações em locais fechados sem ventilação adequada.
- Em termos ambientais, é fundamental que a população colabore, evitando a prática de queimadas e respeitando as restrições impostas pelos órgãos competentes para minimizar os danos durante este período crítico.
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