Manutenção preventiva reduz custos nas máquinas agrícolas
A manutenção preventiva com limpeza a seco das mangueiras hidráulicas pode reduzir custos e ampliar a eficiência de máquinas agrícolas, conforme explicaram Bruno Ract e Rodrigo Capella, representantes da Ultra Clean Brasil, em entrevista ao Agro e Prosa

A contaminação interna das mangueiras hidráulicas, conhecida como praga hidráulica, representa um risco direto para o desempenho e a segurança das máquinas agrícolas. Bruno Ract, diretor de marketing da Ultra Clean Brasil, afirmou que cada máquina pode ter entre 50 e 80 mangueiras, responsáveis por conduzir o óleo que movimenta braços e sistemas essenciais.
"Essa contaminação surge no corte das mangueiras durante a montagem. Pequenas partículas de borracha, aço e plástico aderem às paredes internas e se desprendem com o uso, danificando componentes sensíveis do sistema hidráulico", explicou Ract. Segundo ele, ao longo do tempo, esse acúmulo causa desgaste, paradas não programadas e perda de eficiência.
Rodrigo Capella, embaixador da Ultra Clean Brasil, destacou que a manutenção preventiva contribui para reduzir custos e preservar a produtividade. "Um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul mostrou que reparos e trocas de peças representam 14% do custo anual de um trator e 25% no caso de uma semeadora em propriedades de 600 hectares", disse.
De acordo com Capella, a manutenção preventiva, que inclui a limpeza das mangueiras hidráulicas, pode reduzir em até 30% as perdas de produtividade associadas a paradas inesperadas. "Quando a máquina para no momento crítico da colheita, o prejuízo é imediato", comentou.
A tecnologia utilizada pela Ultra Clean Brasil consiste no uso de um projétil tecnológico lançado por uma pistola pneumática. "O projétil é comprimido com pressão de ar e expande dentro da mangueira, promovendo a remoção da contaminação aderida. O procedimento leva menos de um segundo por mangueira", detalhou Ract.
O equipamento, fabricado nos Estados Unidos, foi validado em testes com certificação da NASA. "Essa validação demonstra a eficácia na remoção das partículas que comprometem o funcionamento do sistema hidráulico", acrescentou o diretor de marketing.
Capella salientou que o uso da limpeza a seco também está alinhado a princípios de sustentabilidade. "Por não utilizar solventes líquidos, o procedimento atende normas de ESG e reduz riscos ambientais", afirmou.
O processo de limpeza é recomendado sempre que se instala uma nova mangueira ou realiza manutenção de rotina. "O ideal é utilizar dois projéteis por mangueira, conforme orientação do fabricante. Essa prática elimina a contaminação que o ar comprimido não consegue remover", explicou Ract.
Além da limpeza, a escolha correta dos componentes é fundamental. Ract lembrou que o produtor deve adquirir mangueiras de fornecedores homologados e seguir as especificações técnicas de instalação. "Um equipamento de origem desconhecida pode trazer riscos graves ao operador. O óleo circula em alta temperatura e pressão. Um rompimento pode provocar acidentes fatais", alertou.
Para Capella, a rotina de manutenção preventiva é uma forma de preservar a disponibilidade da frota. "O produtor deve ter um checklist que inclua revisão de filtros, verificação de fluidos, pressão dos pneus e limpeza das mangueiras hidráulicas. Essa prática reduz imprevistos e melhora a performance no campo", disse.
O diretor da Ultra Clean Brasil destacou que a empresa atua com distribuição nacional e para países da América do Sul. "A partir do nosso centro logístico em Itu, São Paulo, atendemos pedidos de produtores, cooperativas e concessionárias", afirmou.
Bruno Ract, diretor de marketing da Ultra Clean Brasil.
Rodrigo Capella, embaixador da Ultra Clean Brasil.
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