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,16/07/2025

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Bio2Me aposta na castanha do pequi como superalimento

A Bio2Me aposta na castanha do pequi como superalimento e projeta faturar R$6 milhões em 2025, com expansão da cadeia no Cerrado.


Bio2Me aposta na castanha do pequi como superalimento Foto: Arley da Cruz

Reconhecida pelo trabalho com o baru, a Bio2Me, startup especializada em produtos nativos do Cerrado, mira agora na valorização da castanha do pequi. A empresa planeja incorporar o insumo à sua linha de bioativos, apostando em seus atributos nutricionais e funcionais para expandir sua participação no mercado de ingredientes naturais.

Segundo Claudio Fernandes, CEO da Bio2Me, o óleo extraído da castanha tem propriedades únicas. “Já ouvimos muitas polêmicas sobre o pequi, que não agrada o paladar de todos, mas apesar do que falam, quando aproveitado em sua integridade, tem um potencial competitivo para os produtores”, explica.

Pequi como insumo multifuncional

Além do uso na alimentação, o óleo da castanha do pequi vem sendo estudado por suas aplicações em produtos cosméticos e terapêuticos. Rico em zinco, cálcio e ferro, o ingrediente atua como fonte natural de energia, auxilia na proteção antioxidante e tem sido utilizado como coadjuvante no tratamento de doenças respiratórias.

“O óleo é um ingrediente versátil e singular, com aplicações que vão além da gastronomia”, afirma Fernandes. “Seus nutrientes fazem dele uma excelente base para cosméticos.” A estratégia da empresa é apresentar a castanha como um ativo multifuncional, acessível a diferentes segmentos da cadeia produtiva.

Integração com outras cadeias nativas

A iniciativa faz parte de um plano mais amplo da greentech de diversificar o portfólio e integrar cadeias produtivas do Cerrado. A castanha do pequi se soma à experiência já consolidada com o baru e à extração de bioativos em parceria com centros de pesquisa e a indústria.

A Bio2Me mantém uma parceria estratégica com a Nestlé e outras empresas do setor de alimentos e cosméticos. Com isso, projeta um faturamento de R$6 milhões em 2025, o maior desde sua fundação. “A castanha do pequi ainda é pouco conhecida pelo mercado, mas seu potencial é imenso”, destaca o CEO. “Suas diversas aplicações não apenas fortalecem o setor, mas também podem fazer parte do dia a dia do brasileiro.”

Produção de mudas e restauração ambiental

Outro foco da empresa está na restauração de áreas nativas. Em 2025, a Bio2Me pretende comercializar 60 mil mudas do Cerrado, ampliando em 50 mil o número registrado no ano anterior. O avanço nas vendas acompanha o crescimento das demandas por reflorestamento, conservação ambiental e cultivo sustentável de espécies nativas.

A aposta na castanha do pequi reforça o posicionamento da empresa como referência em inovação no campo da sociobiodiversidade. Com práticas agrícolas regenerativas e manejo de baixo impacto, a startup busca agregar valor à floresta em pé e criar oportunidades para produtores locais.

Compromisso com o Cerrado e inovação no agro

Com a valorização de espécies nativas e investimentos em tecnologia, a Bio2Me fortalece a cadeia produtiva do Cerrado, ampliando sua atuação no campo da bioeconomia. A consolidação da castanha do pequi como superalimento pode abrir novas frentes comerciais e impulsionar a geração de renda em territórios tradicionais.

A empresa acredita que o futuro do agronegócio passa por práticas sustentáveis, inovação em insumos naturais e valorização de ativos brasileiros pouco explorados. Ao apostar em ingredientes como o pequi, a Bio2Me pretende não apenas expandir sua atuação, mas também contribuir para um modelo de desenvolvimento mais competitivo e responsável.





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