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Rio Verde,17/05/2024

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Setor agro exige revisão de tarifas sobre insumos importados

Entidades do agronegócio alertam para os efeitos adversos do aumento proposto nas alíquotas de importação de fertilizantes e aditivos, que pode afetar diretamente a segurança alimentar nacional


Setor agro exige revisão de tarifas sobre insumos importados

Uma nova proposta de aumento nas alíquotas de importação de fertilizantes, como o Nitrato de Amônio, e de aditivos utilizados na produção destes insumos tem gerado profunda preocupação entre diversas associações do setor agropecuário brasileiro. As entidades signatárias, incluindo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) e a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (APROSOJA), emitiram uma nota oficial nesta quarta-feira (25), posicionando-se fortemente contra o aumento que poderia impactar a viabilidade econômica da produção agrícola no país.

Atualmente, a alíquota de importação do Nitrato de Amônio é de 0%, com a proposta sugerindo um aumento para 15%. Dada a importância que o Nitrato de Amônio desempenha na produção de fertilizantes, o qual é essencial para o cultivo de culturas que sustentam a cadeia alimentar nacional, o aumento proposto é visto como uma ameaça direta à estabilidade do setor. A dependência do Brasil nas importações desse insumo é significativa, com cerca de 89% do consumo interno sendo suprido pelo mercado internacional.

A indústria nacional de fertilizantes enfrenta desafios consideráveis, incluindo a insuficiência na produção local, que atende apenas 10% da demanda do setor. Isso é agravado pelo alto custo das matérias-primas, como o gás natural, tornando o país fortemente dependente das importações para suprir suas necessidades. Qualquer alteração na política tarifária de importação desses componentes críticos poderia resultar em um aumento substancial nos custos de produção agrícola.

Além do Nitrato de Amônio, a proposta também sugere aumentar as alíquotas para outros aditivos importantes na fabricação de fertilizantes. Um exemplo citado foi a Monoetanolamina (MEA), que é essencial para a eficiência da absorção de Boro, um micronutriente fundamental para a produtividade de culturas como a soja. A deficiência de Boro é comum em solos brasileiros, especialmente aqueles pobres em matéria orgânica e arenosos.

O aumento dos custos associados a esses insumos eleva o preço dos fertilizantes e pode reduzir a rentabilidade dos agricultores, impactando negativamente a oferta e a qualidade dos alimentos disponíveis para a população. Considerando os desafios operacionais e logísticos enfrentados pela indústria, as entidades agrárias convocam as autoridades competentes a reconsiderarem as medidas propostas para garantir a segurança alimentar e promover um crescimento sustentável do setor agropecuário no Brasil.

A nota conjunta das entidades reforça a necessidade urgente de diálogo e revisão das políticas tarifárias, visando a manutenção da competitividade do agronegócio brasileiro no mercado global. A preocupação compartilhada é que sem acesso contínuo a insumos de qualidade e a preços competitivos, a capacidade do Brasil de sustentar sua posição como um dos líderes mundiais na produção de alimentos poderá ser seriamente comprometida.




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