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,11/12/2024

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Senar debate inovações para viticultura no semiárido

Em live, o Senar explorou técnicas europeias que podem transformar a produção de uvas no semiárido brasileiro.


Senar debate inovações para viticultura no semiárido

A produção de uvas no semiárido brasileiro, região caracterizada por escassez hídrica e desafios climáticos, recebeu uma nova abordagem tecnológica em recente evento promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). A capacitação, transmitida ao vivo, contou com o supervisor da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Pernambuco, Elton Teles, que compartilhou experiências adquiridas durante o curso “Gestão Sustentável da Água e do Solo para uma Viticultura Resiliente,” realizado no Instituto Agronômico Mediterrâneo de Zaragoza, Espanha.

Teles trouxe ao debate aspectos fundamentais para a adaptação das práticas europeias ao cenário brasileiro, onde a demanda por gestão eficiente de recursos hídricos é crescente. Ele destacou que, enquanto a China lidera a produção de uva de mesa e França e Itália se destacam na viticultura para vinhos, o Brasil ocupa posição relevante nas Américas na produção de uva de mesa. Contudo, o cenário nacional ainda carece de tecnologias avançadas para alcançar o potencial do semiárido.

Entre as técnicas mencionadas, Teles deu ênfase ao uso de sensores de fluxo de seiva, que permitem monitorar com precisão as necessidades hídricas das videiras. Esse tipo de tecnologia é essencial para uma gestão sustentável da água, especialmente em regiões onde o aumento das temperaturas impõe uma pressão adicional sobre os recursos naturais. "As mudanças climáticas exigem que repensemos não só a irrigação, mas também o uso eficiente do solo", explicou.

Além dos sensores, outras ferramentas tecnológicas foram abordadas, como o uso de imagens por infravermelho térmico, que auxilia na detecção de estresse hídrico das plantas, permitindo uma intervenção precisa e no momento adequado. O especialista ressaltou a importância de considerar a tecnologia agrícola um “caminho sem volta” para os produtores que buscam longevidade e produtividade em suas plantações.

O técnico Pollaco Gonçalves, assessor de ATeG do Senar, também destacou a relevância dessas técnicas para o semiárido, onde o uso sustentável da água é um fator crítico. Segundo ele, a adoção de práticas modernas pode não só aumentar a produtividade, mas também promover a conservação dos recursos naturais, alinhando-se às metas de sustentabilidade.

As soluções discutidas na live marcam um passo importante para o desenvolvimento da viticultura no semiárido brasileiro, demonstrando que, com capacitação e tecnologia, é possível transformar desafios climáticos em oportunidades para um cultivo mais resiliente e produtivo.




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